Afinal de contas, o que é o grande conflito?
É bem verdade que praticamente todas as religiões falam sobre uma luta do bem contra o mal. Aliás, esse enredo está presente também em diversas produções cinematográficas. É como se estivéssemos o tempo todo entre o vilão e o mocinho.
Nosso imaginário coletivo já está preparado para um tipo de maniqueísmo, no qual só há duas possibilidades: o bom (Deus) e o mau (o diabo).
Diante disso, qual seria a diferença da visão adventista?
É importante que saibamos que a maneira como o grande conflito se desenrola – o antes, durante e depois do pecado, a vindicação do caráter de Deus, a solução definitiva para a morte, o embate sábado x domingo como resposta à adoração e demais pormenores – é uma abordagem da cosmovisão adventista do sétimo dia, considerada, inclusive, uma das maiores contribuições de Ellen G. White para a formação de um pensamento distintivo do povo do advento.
O teólogo adventista Herbert Douglass, em analogia à busca da “teoria do tudo”, escreveu: “Os adventistas do sétimo dia receberam a perspectiva que fornece uma ‘teoria do tudo’. Ela nos apresenta a ‘mente de Deus’. Nós não a descobrimos; simplesmente a recebemos. Nós a chamamos de Tema do Grande Conflito.”
Graças à cosmovisão do Grande Conflito não somos dispensacionalistas, não cremos num arrebatamento secreto, bem como não cremos em uma recompensa imediata pós-morte ou em etapas de evolução espiritual. A ameaça iminente à liberdade de consciência, as três mensagens angélicas, a besta e a imagem da besta: a maneira como resolvemos todos esses supostos enigmas, pode nos parecer comum, mas é completamente diferente de nossos irmãos de outras denominações.
Apesar de todos concordarmos que Satanás será finalmente exposto (como já vem sendo ao longo das eras), é nossa responsabilidade ensinar a maneira como isso transcorre. A compreensão da verdade presente faz toda a diferença quando nos for exigida uma firme decisão frente aos eventos finais que se aproximam.
