Lição 6 – Dualidade Conjugal

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Você já parou para pensar a respeito da importância da relação matrimonial? Ou, quando você pensa em casamento, lembra automaticamente de romance? É claro que o romance tem o seu lugar, mas o ponto é que há muito mais além dele.

Por outro lado, há também quem veja o casamento sob óticas não tão positivas: perda de liberdade, cobranças. Há quem o veja como aprendizado, pois demanda paciência, maturidade, tolerância.

Mas o que a gente muitas vezes se esquece é que o casamento é um tipo de figura da trindade. Sim. Você entendeu corretamente. A união matrimonial precisa ser realizada tendo em mente seu paralelo triuno que organiza individualidade e unidade.

O casal se torna um, apesar de serem dois. Cada um desempenha seu papel, mas ambos têm o mesmo grau de importância na construção de um propósito comum regido por amor, respeito e serviço.
Os interesses pessoais não entram em conflito com os interesses do casal, afinal, o casamento não é composto de uma singularidade, nem de uma pluralidade indefinida, mas é composto especificamente de duas pessoas, isto é, uma dualidade.

Pensar no casamento como uma satisfação puramente hedonista, focalizada nas sensações físicas de estimulação sexual, contraria o conselho bíblico. É por isso que marido e mulher devem conversar a respeito de suas expectativas e entrarem em acordo a fim de que não sejam buscadas vias alternativas de prazer que possam manchar o relacionamento.

Na dualidade conjugal, a única pessoa a mais que cabe é Jesus. Qualquer outro ser humano que queira interferir no casamento deve ser descartado. Do mesmo modo, a busca individual pelo prazer sexual deve ser evitada, pois não retrata o ideal conjugal.

E mesmo tendo de lidar com a realidade dos relatos bíblicos sobre homens que aderiram à cultura circunvizinha, inserindo a poligamia entre o povo escolhido, fica também em evidência nesses relatos a não aprovação divina nesse sentido.

Deus fez um par no Éden – algo bem específico. Se Ele tivesse outro tipo de modelo para nos deixar, teria feito desde o início.

Não há como fugir do fato de que o casamento é mesmo um grande desafio. É por isso que cada indivíduo deve ter sua própria caminhada pessoal com Deus. Só assim, os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo – meios pelos quais o Céu pode se comunicar com o ser humano e influenciar sua vida mais íntima – estarão aptos para uma relação mais profunda com Deus e consequentemente com o cônjuge.

Se você não se casou ainda tente avançar nesse entendimento, preparando-se para algo maior do que você pensava. Mas se você já é casado, procure se lembrar disso. Faça a sua parte, repense sua maneira de colaborar para a união do seu casamento. Peça para que Deus revele a vocês algo a mais sobre o que significa ser um, apesar de dois, assim como Ele é um, mesmo sendo três.

Deus tem coisas incríveis para nos mostrar. Sejamos ousados em pedir por isso.

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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