Lição 2 – Definindo a Nova Aliança

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Seria tão bom se, de uma vez por todas, nós entendêssemos que muitas vezes estamos falando da mesma coisa, mas achamos que estamos falando de coisas diferentes. Isso se encaixa perfeitamente no cerne da lição desta semana, e sabe por quê? Porque é impossível falar sobre aliança e desprezar seu aspecto bidimensional.

É isso mesmo! Não é preciso, muito menos possível, anular a antiga aliança para viver sob a nova aliança. Aliás, não é possível nem mesmo compreender ou decodificar as alianças se pensarmos que elas são rivais opostas.

Na verdade, cada uma teve e ainda tem um papel importante em manter o justo no caminho certo. Mas para que a gente entenda todas as nuances bíblicas de maneira mais profunda, é importante atentar para o fato de que as alianças são históricas, bem como experienciais. E o que isso significa?
Bem, significa que existe uma antiga e uma nova aliança do ponto de vista histórico (cronológico), isto é, na linha do tempo. Mas há também uma antiga e uma nova aliança no sentido experiencial, de quando Cristo passa a fazer parte da nossa vida a fim de transformar nosso coração.

Nesse sentido, podemos dar o exemplo de Paulo, que antes de se converter, quando ainda era Saulo, vivia cronologicamente no período da nova aliança, pois Jesus já havia morrido. Porém, ele ainda estava agarrado à experiência da antiga aliança. Assim, Saulo vivia no tempo da nova aliança, mas ainda na experiência cerimonial e ritualística da antiga aliança.

Um exemplo ao contrário do de Paulo é o de Abraão, o pai da fé. A Bíblia é clara em dizer que Deus fez uma aliança com Abraão milênios antes de Jesus vir à Terra. Sendo assim, Abraão vivia cronologicamente no tempo da antiga aliança, mas já experimentava a boa nova da salvação ofertada por Jesus na Cruz.

Se considerarmos válida somente a nova aliança, o que falaremos dos patriarcas e profetas que viveram séculos antes do nascimento do Messias? Eles não poderiam, então, ser chamados justos porque estavam sob a “antiga” aliança?

Eu sei que a princípio tudo isso pode parecer complexo demais, mas felizmente não precisamos tatear no escuro. A Bíblia tem muito a nos ensinar sobre isso e muito mais. Bom estudo!

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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