Enquanto estivermos aqui, não teremos todas as respostas. Eu sei que isso acaba, muitas vezes, nos levando a tentar achar explicações até mesmo mirabolantes. É natural que façamos questionamentos, por exemplo, quanto à origem do mal, ou por que Lúcifer agiu como agiu.
O pior disso tudo é que, no fim das contas, mesmo que em segredo, de algum modo colocamos sobre Deus a responsabilidade. Culpamos a Onisciência de Deus, culpamos Sua capacidade criativa e nos perguntamos: “Por que Ele criou Lúcifer sabendo que ele causaria tantos problemas?”
Esse é praticamente um raciocínio inevitável.
Ocorre que fazemos todo tipo de conjectura sem considerar algo que supera tudo isso: Deus criou Lúcifer, mas não Satanás. Quem criou Satanás foi o próprio Lúcifer. Essa compreensão é muito importante especialmente para que entendamos a seriedade da liberdade de escolha.
Lúcifer, por conta própria, decidiu discursar supostamente para o bem de todos. Ele queria melhorar o que já era bom. Contudo, ele assim o fez, na verdade, para disfarçar o que acalentava no coração. É simples: Lúcifer legislava em causa própria. Ele queria mudar as regras para obter ganho pessoal.
Nesse caso, a questão não está apenas nos mistérios do mal que subiu ao coração de Lúcifer, mas, sim, na lição de que não podemos cair no mesmo erro.
Se olharmos para os males que a igreja tem enfrentado nesses dias, vamos ver que muito se assemelham às propostas de Lúcifer, isto é, “editar” a Palavra para justificar as próprias preferências.
Não temos ainda todas as respostas, mas temos todas as promessas necessárias para um dia, por meio de Cristo, vivermos na eternidade.
Quanto a Lúcifer, aquele que se tornou por escolha própria Satanás, ele mirou no trono, mas acertou no forno, no qual o fogo o consumirá por completo.
Apeguemo-nos ao fato de que apesar de não sabermos como se deu o começo do mal, sabemos perfeitamente como se dá o seu fim!
