A cena descrita em Isaías 6 é uma das mais sublimes e impressionantes de toda a Bíblia. O profeta relata sua visão do Senhor “assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de Suas vestes enchiam o templo” (Isaías 6:1). Diante dessa visão gloriosa, Isaías se viu em sua pequenez e miséria: “Ai de mim! Estou perdido!” (v. 5). Mas após ser purificado, ele ouviu a voz de Deus chamando e respondeu com prontidão: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (v. 8).
Esse texto nos ensina algo fundamental: a adoração genuína transforma. Isaías entrou no templo como um homem comum e saiu como um profeta com uma missão. Ao adorar, ele enxergou a santidade de Deus, reconheceu sua própria pecaminosidade, foi purificado e comissionado. Tudo começa com a adoração.
É importante reconhecer que Deus não precisa ser adorado. Ele é autoexistente, completo em Si mesmo. Quando O adoramos, não estamos suprindo uma necessidade divina, mas realinhando nosso coração com a verdade fundamental do Universo: Deus é o Criador e Sustentador de tudo, e nós somos Suas criaturas.
Ao adorá-Lo, tiramos do centro do nosso coração aquilo que não deveria estar ali – ego, dinheiro, sucesso, outras pessoas ou ideologias. A adoração coloca Deus no lugar que Lhe é devido, e nos coloca em nosso devido lugar.
O primeiro mandamento deixa claro: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxodo 20:3). Isso não é uma imposição tirânica, mas um convite à liberdade. Adorar a Deus é libertar-se da escravidão de tudo o que não pode satisfazer plenamente. Quando não adoramos a Deus, acabamos nos curvando a deuses menores – e estes exigem muito e devolvem pouco. São ídolos que nunca saciam.
Deus é amor (1 João 4:8), e quando O adoramos, Seu amor começa a transformar nosso coração. Passamos a amar a nós mesmos de maneira saudável, não como expressão de orgulho, mas como reconhecimento do nosso valor diante do Criador. E também passamos a amar o próximo com um amor que não é natural, mas fruto da presença divina em nós. Adoração gera amor verdadeiro.
A adoração não é limitada a um templo nem a um dia da semana. Ela é uma atitude do coração que pode e deve ser cultivada individualmente, em família e na igreja.
1 comentário
Amém! Top, pastor! Finalizando a última lição deste último sábado do trimestre!!! Gratiluzz por seus cometários, mestre!
Louvado seja Deus!