Em Mateus 18, Jesus ensina sobre a grandiosidade do perdão divino por meio da parábola do servo que, embora perdoado de uma dívida impagável, se recusa a perdoar um pequeno valor devido por outro servo. Essa atitude é severamente repreendida porque demonstra um coração endurecido e incapaz de refletir a misericórdia recebida.
Quando Deus nos perdoa, Ele cancela nossa dívida infinita de pecado, algo que jamais poderíamos saldar por nós mesmos. Assim, quando nos recusamos a perdoar aqueles que nos ofendem, revelamos uma ingratidão profunda e nos colocamos em uma posição de juízes, algo que pertence exclusivamente a Deus. Negar o perdão é, de certa forma, desprezar o sacrifício de Cristo, que pagou o preço pelos nossos pecados, e manter nosso coração aprisionado ao passado.
O perdão, além de ser um mandamento divino, é também um ato de libertação. Quando escolhemos perdoar, entregamos o direito à vingança a Deus, o único que conhece as motivações mais íntimas do coração humano e que pode julgar com justiça perfeita. O ato de perdoar não isenta o ofensor de responsabilidade, mas nos livra do peso emocional e espiritual que o rancor gera. O perdão promove cura, restaura relacionamentos e traz paz ao coração. A falta de perdão, por outro lado, alimenta o ressentimento, afeta nossa saúde mental e nos distancia da comunhão com Deus. Por isso, perdoar não é apenas uma questão de obediência, mas também de cuidado próprio, refletindo o caráter amoroso e compassivo do Pai celestial em nossa vida.