A tirinha desta semana, inspirada em um meme bastante conhecido, pode até arrancar alguma risada, mas ela fala de algo muito sério.
Certamente, em sua trajetória cristã, você já se perguntou muitas vezes: “O que Jesus faria em meu lugar?” Fazemos isso quando pensamos em lugares a frequentar, em palavras a serem ditas, em investimentos e sociedades que estamos prestes a abraçar.
Mas, às vezes, dependendo do assunto, acabamos fazendo do nosso jeito mesmo.
Como temos visto, nos últimos anos a política invadiu a igreja de tal maneira que acabou revelando mais dos membros do que poderíamos imaginar. Quanto a isso, ouvimos absurdos de todo tipo, especialmente quando decidimos projetar em Jesus nossas próprias convicções.
Em ano de eleição, chegamos a ouvir, por exemplo, que Jesus Se tornou um preso político por ser contra o sistema! E muitas outras coisas que mais têm que ver com o viés de quem fala do que com o próprio Cristo.
Jesus era nacionalista? Jesus era “globalista”? Quando fariseus e herodianos, os que realmente representavam esses dois tipos de classes, tentaram enredar Jesus em questões políticas, na expectativa de forçá-Lo a tomar partido, o que Ele fez?
Deixemos que os evangelhos nos contem: o capítulo 22 de Mateus apresenta a maneira como Jesus lidou com armadilhas discursivas que envolviam a política em sua época. A resposta de Jesus nos ajuda a ver que os métodos que a igreja usa para cumprir sua missão e aqueles usados pelo Estado têm diferença clara o bastante para ser um indicador de onde está a linha que separa igreja de Estado.
A tirinha desta semana nos traz algumas coisas à lembrança: como bem disse Lutero no passado, “é perigoso a um cristão falar contra a consciência”. Ellen White também nos alerta quanto a isso e os eventos finais que se aproximam. Sendo assim, cada um respeite a própria consciência e a do próximo.
Dito isso, paremos de trazer para os círculos da Igreja nossas predileções políticas; afinal, até o gatinho da tirinha sabe que “maldito é o homem que confia no homem”.
