Lição 5 – Entrando em conflito

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É muito provável que você já tenha ouvido a expressão “o puro suco” por aí, ou visto em alguns memes. E a tirinha desta semana precisou recorrer a essa frase para expressar dois absurdos específicos.

Mas, por que o puro suco? Quando isso aparece nas redes sociais, normalmente está associado a características natas ou peculiares de pessoas, locais, etc. Podemos ver um vídeo, por exemplo, de alguém dando “um jeitinho brasileiro” e concluir que ali se viu “o puro suco do brasileiro”, isto é, algo muito característico do comportamento do brasileiro.

Voltando para a tirinha, a gente percebe duas cenas diferentes, mas que representam exatamente aquilo que a humanidade é, ou melhor, “o puro suco da humanidade”.

A liderança religiosa, indignada por Jesus realizar uma cura no sábado, tentava emboscá-Lo com perguntas carregadas de má intenção. E para esse grupo não importava se Jesus havia tirado um homem paralítico do sofrimento de 38 anos. Não importava também se Ele havia aliviado corpo, mente e espírito de uma pessoa aflita pela doença e pelo pecado. Ali só importava o “desvio” da regra criada por eles mesmos. Eles não falavam em nome de Deus nem por zelo à Palavra. Eles falavam com base em outras motivações que se escondiam atrás de uma falsa profissão de fé.

Na segunda imagem, vemos uma situação talvez ainda pior. Fico imaginando se aquela multidão pedia para Jesus um sinal de que Ele era mesmo o Messias enquanto ainda mastigava os pães e os peixes multiplicados. Milhares de ouvintes acabavam de testemunhar a multiplicação de alimentos, além de ouvir as palavras da Vida, e, mesmo assim, o que pediam? Um sinal de que Jesus era o Salvador!

Esses dois exemplos denunciam a fragilidade da nossa interpretação e a mesquinhez da nossa espiritualidade.

Será que a vida do cristão atual também pode ser chamada de “o puro suco da humanidade”? Deus nos livre de nós mesmos!

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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