Lição 4: Atravessando o Jordão | Sucessor

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​A caminhada com Deus costuma ser cheia de porquês. Talvez você mesmo já tenha feito alguns recentemente: Por que sou assim? Por que nada dá certo? Por que Deus permitiu isso em minha vida? Mesmo sem ter todas as respostas, podemos confiar que Ele está no comando da nossa vida.

A travessia do rio Jordão ilustra bem essa verdade. O destaque não está apenas no milagre da abertura das águas, mas também na arca da aliança, mencionada 16 vezes nos capítulos 3 e 4 (de um total de 29 em todo o livro). A arca representava a manifestação visível de Deus entre o Seu povo, mostrando que, mais do que respostas, precisamos confiar em Sua presença.

O momento era de grande desafio, afinal, o Jordão estava em cheia (Js 3:15). Isso ocorria porque, na primavera, o derretimento das neves do monte Hermom e das montanhas do Líbano fazia o rio transbordar. Humanamente, era impossível que uma multidão atravessasse aquelas águas caudalosas. Mas o impossível para os homens é sempre oportunidade para Deus revelar Seu poder. Assim como deteve o Mar Vermelho, Deus abriu o Jordão, permitindo que o povo passasse a seco.

Ao realizar esse milagre, Deus Se revelou não apenas a Israel, mas também aos povos cananeus como o Senhor de toda a terra (Js 3:11, 13). Foi uma declaração pública de que Ele é o único Deus verdadeiro, com direito legítimo sobre a terra de Canaã. Isso é ainda mais significativo porque os cananeus acreditavam que Baal havia conquistado o direito de governar após derrotar a divindade marítima. Ao abrir o Jordão, o Senhor desfez esse mito, mostrando que é Ele quem tem todo o domínio.

O milagre do Jordão foi mais do que um evento geográfico: foi um julgamento simbólico, em que Deus passou em segurança com Seu povo e confirmou o direito de Israel à Terra Prometida. Liderados pela arca da aliança, eles não entraram em Canaã por sua própria força, mas pela direção divina. E ainda hoje essa história nos lembra que só chegaremos à Canaã celestial porque o Senhor vai à frente, abrindo caminhos, detendo correntezas e respondendo aos nossos porquês.

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