Você é do tipo aventureiro? Topa pegar suas coisas e sair por aí sem olhar para trás? Algumas pessoas têm uma natureza mais livre nesse sentido e conseguiriam se adaptar a uma mudança brusca; outros, no entanto, nem se arriscariam. Não se trata de defeito, mas, sim, de característica, e está tudo certo.
Acontece que no caso de Abraão, independentemente de suas características pessoais, ele foi em direção àquilo que era totalmente desconhecido. Ele simplesmente foi, sem mapa, GPS nem bússola. Foi pela Palavra.
Você percebe que os heróis da fé têm algo em comum? Eles vivem pela fé. De repente, Deus os encarrega de algo que, geralmente, parece não fazer sentido de imediato. Ainda assim, a falta de entendimento sobre o futuro não os impede de seguir adiante.
Deixou Abraão, quando ainda era Abrão, um lar confortável? Talvez ele tivesse elaborado um cronograma mês a mês de como seria seu ano. Teria Abraão saído de casa se soubesse tudo o que lhe aguardava?
Seja como for, Abraão foi com a fé que ele tinha. Talvez ele tivesse se negado a ir se soubesse que lá na frente seu filho do futuro fosse pedido em sacrifício.
Sim. Deus é sábio. Ele não fala tudo de uma vez. Como poderíamos suportar algumas coisas com nossa fé tacanha, ainda não experimentada?
Abraão saiu com a fé que possuía, o que não foi pouco, mas ainda não o suficiente para todo o percurso. O tempo passou, promessas pareciam tardar, pressões sobrevieram. Ele poderia estar bastante cansado. Abraão falhou mais de uma vez.
O homem que saiu disposto a morrer pelo chamado precisou entender que, na verdade, ele só precisava viver pelo chamado. Isso é mordomia. E isso é fidelidade. E isso também, no fim das contas, é felicidade.
Deus não nos pede nada além do que podemos oferecer, e Ele promete capacitar fase por fase. Deus sabe que, por vezes, falharemos e, por isso, Ele tem socorro para cada emergência.
A vida cristã não é nada romântica. Então, caiu? Levante-se e siga em frente com Aquele que lhe fez o chamado. Só não se esqueça de manter erguido o seu altar. Foi a adoração constante, em meio a erros e acertos, que fez com que Abraão se tornasse, finalmente, o pai da fé.