Lição 4 – A base do seu trono

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Pense um pouco: Será que as causas que você apoia, você o faz por princípio ou porque elas combinam com sua visão de mundo? Precisamos falar sobre isso para descobrir nossas reais motivações. Explico: temos temperamentos diferentes, bem como educação, história, bagagem e tendências emocionais que pendem para um lado ou outro. Algumas pessoas, devido a seu próprio jeito de ser, podem abraçar conceitos e pautas que lhes deixem mais confortáveis ou que lhes forneçam ferramentas para sustentar a própria posição.

Isso tudo, naturalmente, faz sentido. Ocorre que quanto mais amadurecemos, especialmente espiritualmente, mais somos desafiados a tomar partido com base em princípios e não em nossa opinião, preferência ou simplesmente por identificação. Se agíssemos assim, resolveríamos a maioria dos embates pessoais, familiares e de relacionamento na comunidade religiosa.

Discursar sobre o amor não nos torna amorosos de fato. Do mesmo modo, discursar sobre justiça não nos faz justos. Somos chamados a fazer muito mais do que discurso. Somos convocados a viver uma espiritualidade bíblica com equilíbrio. Contudo, não é do ser humano ser equilibrado, e, quando nos damos conta disso, imediatamente enfrentamos um choque de realidade que nos mostra tal qual somos.

Amigo, não é fácil admitir, mas somos cristãos desequilibrados que dependem, urgentemente, da presença do Espírito Santo a fim de que passemos a nos posicionar por princípios e não pelas causas com que simpatizamos.

Não somos melhores porque falamos de amor. Tampouco somos melhores porque falamos de justiça.

Nossa vida deve ser um reflexo do amor e da justiça – em iguais medidas – que sustentam o trono de Deus.

É fácil? Não. É natural? Não.

Mas para isso temos a promessa: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem O pedir!” (Lucas 11:13).

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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