Quando falamos de Jesus como o Filho prometido não falamos apenas de Sua missão como Salvador, mas de muitos outros atributos ligados à Sua pessoa.
Contudo, como já é senso comum entre os cristãos ver a Jesus como Aquele que morreu na cruz, deixamos de prestar atenção em outros pontos que poderiam enriquecer nosso conceito sobre Ele.
Em primeiro lugar, não podemos nos esquecer de que Jesus é Deus e, por isso, Ele existe desde sempre e muito antes de Sua encarnação na Terra.
Assim, a lição desta semana destaca o fato de que Jesus é também criador. Era Ele quem estava ali quando a Terra, e tudo o que nela há, foi criado.
Jesus criou também Adão e Eva e Ele mesmo seria o Descendente prometido que tiraria a raça humana da armadilha do pecado. Adão e Eva, Abraão e Davi provavelmente nunca imaginaram isso, que o Filho Redentor seria o próprio Deus.
Mas, apesar de ser Deus, Jesus, voluntariamente, decidiu tomar nosso lugar na batalha contra o mal. Não é à toa que Cristo é apresentado em Hebreus como o “Autor da salvação” (Hb 2:10) e o “precursor” dos que creem (Hb 6:20).
Mas Jesus nos presenteia com muito mais: Ele habitou entre nós revelando plenamente o caráter de Deus, ou seja, além de criar e redimir a humanidade, Ele veio expressar o que Deus pensa e sente a nosso respeito. Deus é conhecido por meio de Cristo. Jesus é a “expressão exata” da realidade do Pai (Hb 1:3).
Não nos esqueçamos também de que o Universo se mantém em ordem graças à sustentação divina, co-liderada por Jesus.
Mas e aquela história de que Jesus é o Filho Unigênito? Como encaixar essa designação em todos os Seus atributos divinos?
Precisamos entender que quando a Bíblia fala de Jesus como o “Filho Unigênito” de Deus, ela o faz em relação ao Seu papel no plano da salvação, visto que Ele cumpriu todas as promessas da aliança. Isso tem que ver com sua natureza humana.
Em resumo, “o substituto e penhor do ser humano precisava ter a natureza humana, ligação com a família humana a quem representaria, e, como embaixador de Deus, deveria participar da natureza divina, ter ligação com o Infinito, a fim de manifestar Deus ao mundo e ser mediador entre Deus e o ser humano” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 257).