No livro Mensagens Escolhidas, volume 1, página 344, Ellen White diz que “os cultos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus. Não ascendem em imaculada pureza, e a menos que o Intercessor, que está à mão direita de Deus, apresente e purifique tudo por Sua justiça, não será aceitável a Deus”.
Pense bem: se nem o que de melhor podemos oferecer a Deus (nossas orações, nosso louvor) sobe ao Céu de maneira imaculada, como podemos, por um momento que seja, pensar que nossas boas obras poderiam ter algum valor salvífico ou “marcar pontos” no livro do Criador? É claro que Ele não deixa de notar nossas boas ações e até espera que as pratiquemos, mas não para provar que somos cristãos ou que somos justos. Nossas boas obras são simplesmente evidência de que somos cristãos e de que o Espírito Santo está atuando em nós, operando e nós “tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:13).
Assim, se você mantém uma vida de comunhão íntima com Jesus; passa tempo com Ele em oração; dedica tempo de qualidade para estudar a Bíblia; frequenta a igreja e testemunha de sua fé, mais cedo ou mais tarde o fruto do Espírito (Gálatas 5) se manifestará em sua vida. Assim como a árvore frutífera não se preocupa em produzir fruto para provar que é árvore frutífera, mas produz fruto exatamente porque é uma árvore frutífera, o cristão genuíno produzirá frutos de boas obras exatamente porque é cristão – e é cristão porque anda de mãos dadas com Cristo.