“Aquele que não faz outra coisa a não ser orar, em breve deixará de fazer isso.” Essa frase de Ellen White pode soar dura à primeira vista. Afinal, orar é essencial – é o fôlego da alma, o elo vital com o Céu. Mas o alerta é real: a oração que não nos move à ação torna-se estéril. Deus está em busca de pessoas que orem de joelhos e ajam com os pés – que clamem pela salvação do mundo perdido, mas também se levantem para anunciar o evangelho eterno. Este é o cerne das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12: uma convocação urgente a proclamar a última mensagem de misericórdia a um mundo à beira da ruína.
Primeira mensagem: o evangelho eterno e o juízo presente (Ap 14:6, 7) – A primeira mensagem traz um apelo universal: temer a Deus, glorificá-Lo e adorá-Lo como Criador. Em um mundo que exalta a autonomia humana e nega as origens divinas, essa mensagem restaura a verdade esquecida. Ao mesmo tempo, proclama que o juízo já começou – uma fase solene da história em que decisões eternas estão sendo tomadas.
Segunda mensagem: a queda de Babilônia (Ap 14:8) – Babilônia representa um sistema religioso confuso, baseado em tradições humanas, enganos espirituais e alianças com os poderes do mundo. A segunda mensagem alerta que os sistemas que se afastaram da Palavra de Deus estão caindo – moral, espiritual e profeticamente. Deus está chamando Seu povo para sair da confusão (cf. Ap 18:4), e essa saída precisa ser tanto espiritual quanto prática.
Terceira mensagem: o perigo de adorar a besta (Ap 14:9-12) – Essa é a mais solene de todas. Alerta sobre os enganos finais e a falsa adoração. Aqueles que se recusarem a se submeter ao sistema oposto a Deus enfrentarão dificuldades, mas serão preservados se guardarem os mandamentos de Deus e tiverem a fé de Jesus (v. 12).
Sim, precisamos orar. Jesus orava intensamente – mas também ensinava, curava, evangelizava. Os apóstolos oravam, e iam. A igreja do fim dos tempos será marcada por intensa intercessão, mas também por poderosa proclamação.
