Lição 12 – CONDENAÇÃO E CRUCIFIXÃO

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O capítulo 19 do Evangelho de João relata os momentos cruciais da condenação e crucifixão de Jesus, revelando tanto a rejeição quanto a glorificação do Salvador. Durante o julgamento, Pilatos, pressionado pelas autoridades judaicas e pela multidão, ordenou que Jesus fosse crucificado. No entanto, ele mandou inscrever em uma placa, colocada acima da cabeça de Jesus na cruz, a frase: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus” (João 19:19). Escrito em hebraico, latim e grego, o título, embora destinado a zombar, proclamou ao mundo a verdadeira identidade de Cristo. Enquanto os líderes religiosos protestaram, pedindo que se alterasse a inscrição, Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi” (v. 22), testemunhando, sem saber, a realeza do Messias.

A crucificação revelou o contraste entre a rejeição e o amor manifestado por diferentes pessoas. José de Arimateia, um discípulo secreto de Jesus, e Nicodemos, que antes se aproximara de Jesus à noite, mostraram sua devoção cuidando do corpo do Salvador com dignidade (v. 38-40). Esses gestos de coragem e reverência demonstraram que, mesmo em meio à aparente derrota, o amor por Cristo florescia no coração dos que O reconheciam como Senhor. Além disso, as mulheres que permaneceram próximas à cruz, incluindo Maria, mãe de Jesus, e Maria Madalena, revelaram profunda fidelidade e afeto, planejando ungir o corpo de Cristo.

A cruz, que parecia ser um símbolo de humilhação e escárnio, tornou-se o trono de um Rei que conquistou a redenção para a humanidade. A placa sobre a cabeça de Jesus, mesmo escrita em tom de zombaria, proclamou uma verdade eterna: Ele é o Rei, não apenas dos judeus, mas de toda a criação. As ações de amor e cuidado daqueles que O seguiram mostraram que o poder transformador de Cristo permanecia vivo, inspirando fé e esperança no triunfo do amor divino sobre o pecado e a morte.

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Sobre o autor

Pastor, jornalista, editor da revista Vida e Saúde e editor associado da ComTexto

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