Ellen White escreveu: “O passado, o presente e o futuro são a mesma coisa para Deus. Ele vê os mais remotos acontecimentos da história passada e o longínquo futuro com uma visão tão clara como vemos as coisas que ocorrem diariamente” (Para Conhecê-lo, p. 7).
A lição desta semana “arranha” um assunto muito complicado para os seres humanos limitados: a onisciência e a eternidade de Deus. Ele conhece todas as coisas e “navega” pelo tempo (que Ele criou com o Universo) de um modo incompreensível para nós. A tirinha tenta ilustrar isso com uma reflexão de Agostinho sobre o tempo. Se nem essa grandeza é facilmente compreendida por nós, quanto mais o Criador dela!
O tempo não existe sem o espaço. Isso é física. Portanto, quando Deus criou o Universo, criou também (obviamente) o tecido tempo-espaço. Assim, podemos dizer que Deus, do ponto de vista da física, é “atemporal”, mas, por amor a Suas criaturas temporais que vivem em um Universo espaço-temporal, Se “inseriu” em nossa dimensão, em nossa história. Podemos dizer, também, que Ele nos amou e nos salvou antes de haver mundo (e tempo). Ele nos ama desde sempre; desde toda a eternidade!
Na mente de Deus, nós sempre existimos. E mesmo que morramos antes da segunda vinda de Cristo, continuaremos existindo na mente infinita Dele (não mais como “nephesh” [seres viventes], mas como recordações). Por isso, não chega a ser errado dizer que, para o Criador, todos estão vivos – quer estejamos nos referindo ao tempo ou aos pensamentos infinitos Dele (“Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos, pois para Ele todos vivem” [Lucas 20:38]).
Quando os mortos em Cristo forem ressuscitados, sairão dos infinitos e amorosos pensamentos do Eterno para voltar à existência espaço-temporal – só que não mais manchada pelo pecado.