A dor da perda e do sofrimento pode ser avassaladora. Quando a tristeza nos atinge com força, palavras parecem vazias e explicações se tornam insuficientes. É nesses momentos que o silêncio pode ser a maior demonstração de amor e empatia.
Paulo, em 1 Tessalonicenses 4:13-18, fala sobre o sofrimento da perda, mas também sobre a esperança que nos sustenta. Ele escreveu: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança” (1Ts 4:13).
A grande verdade desse texto é que o sofrimento nesta vida não é o fim da história. A dor pode parecer insuportável, mas ela não é eterna. Nossas perdas não são definitivas, pois há uma promessa que transcende a morte e o sofrimento: a volta de Cristo e a ressurreição dos que Nele “dormem”.
Nos momentos de amarga tristeza, muitas vezes não precisamos de discursos nem explicações. Jó sofreu com a perda de seus filhos, de sua saúde e seus bens. Seus amigos, ao verem sua dor, ficaram sete dias em silêncio (Jó 2:13). Naquele momento, o silêncio era ouro. Mas, quando começaram a falar, tentando explicar o inexplicável, causaram ainda mais dor.
Quando enfrentamos o luto ou vemos alguém sofrendo, a presença silenciosa pode ser o maior consolo. Às vezes, a melhor forma de ajudar não é com respostas prontas, mas apenas estando acessível, permitindo que a dor seja processada.
Paulo termina o texto de 1 Tessalonicenses 4 com uma exortação cheia de esperança: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4:18).
O consolo não vem de tentar entender tudo agora, mas de confiar que Cristo voltará e enxugará toda lágrima. Até lá, sigamos com fé, apoiando uns aos outros, sabendo que a dor não será para sempre e que, no tempo certo, Deus trará cura ao nosso coração.