A tirinha desta semana parece irônica, mas ela traz uma dura consequência para toda a humanidade. É interessante observar como coisas aparentemente inofensivas podem ocultar potencial destrutivo – essa é uma lição que precisamos aprender com o “diálogo” de Eva com a serpente.
Contudo, não podemos também nos esquecer de que há muitas camadas antes, durante e depois do fatídico bate-papo. Podemos acompanhar detalhes surpreendentes e até decepcionantes no livro Patriarcas e Profetas.
Adão e Eva eram constantemente advertidos, orientados e protegidos pelos anjos. Deus os mantinha cientes da presença iminente de um inimigo, afinal Ele não permitiria tamanha ameaça sem, antes, comunicá-la ao par edênico.
Estamos falando, então, de seres morais e livres, avisados e advertidos. Eles poderiam ter feito escolhas diferentes? Sim.
Percebemos que nesse enredo o que está em jogo é o poder da palavra. Desde o início deste mundo lidamos com narrativas. A narrativa de um Deus que avisa sobre perigos reais. A narrativa do mal travestida pelo espetacular.
Deus falou uma verdade, não passível de total compreensão, talvez, mas que demandava apenas fé.
A serpente usou da mistura de mentiras e verdades num discurso cheio de ilusão e promessas falsas.
Ainda hoje é assim. Nem sempre entendemos tudo, mas podemos confiar na Palavra. Os princípios podem nos proteger, mas precisamos fazer o que é certo e deixar as consequências nas mãos de Deus.
Também podemos optar por aquilo que apela ao sensorial e ser levados pela ideia de que Deus não Se importa com nossa felicidade quando diz não, ou de que Ele esteja nos privando de algum bem.
Estamos avisados? Sim.
E justamente por ser difícil para nós, já contaminados pelo pecado, resistir, Deus nos deu Jesus. Só Nele há esperança e poder para vencer! Creiamos, hoje, e demos cada passo somente na Palavra.
