Lição 1 – Abençoada esperança

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No fim dos anos 1980, o cantor Cazuza vociferava em uma de suas músicas: “Ideologia: eu quero uma pra viver.” Noutro trecho, ele dizia: “Eu vou pagar a conta do analista, pra nunca mais ter que saber quem eu sou, pois aquele garoto que ia mudar o mundo agora assiste a tudo em cima do muro.” O cantor acabou descrevendo a condição de quem não tem identidade, mas vive ao sabor das ideologias, sempre querendo e buscando alguma que o satisfaça. Esse tipo de pessoa não tem raiz; vive flutuando num mar de ideias desconexas e mutantes. Se lhe perguntassem qual a sua identidade, você conseguiria responder de pronto ou ficaria em cima do muro?

A COMtexto Bíblico deste trimestre nos permitirá revisitar nossas origens, nossas crenças bíblicas e nossa missão – elementos indissociáveis de nossa identidade como cristãos adventistas. Será um momento oportuno para uma autoanálise e, se for o caso, sair definitivamente de cima do muro e assumir nosso papel neste mundo relativista em que as pessoas perdem cada vez mais sua identidade, sendo levadas pela onda coletivista massificante do “deixa a vida me levar”.

Nesta semana, relembraremos a história do reavivamento milerita e do grande desapontamento de 1844, do qual derivou a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora nunca tenha se tornado oficialmente adventista (até porque a igreja só foi organizada quase vinte anos depois do grande desapontamento), o capitão Miller estabeleceu bases hermenêuticas que influenciaram grandemente o adventismo e sua ênfase na segunda vinda de Cristo (especialmente a convicção de que a Bíblia deve ser sua própria intérprete, o que levou os adventistas a se afastarem de dogmas e ideologias humanas, procurando sempre firmar sua identidade sobre o firme alicerce das Escrituras Sagradas).

O fato é que quem não sabe de onde veio, não sabe por que está aqui, nem para onde vai. Por isso, dedique tempo para estudar a lição desta semana e para ler bons livros sobre a linda história do adventismo.

Assista a este vídeo para saber mais:

Do desapontamento à esperança | o significado profético de 22 de outubro de 1844

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Sobre o autor

Pastor, jornalista, editor da revista Vida e Saúde e editor associado da ComTexto

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