A tirinha referente à lição desta semana mexe num assunto bastante polêmico. Se você já deu estudos bíblicos, certamente precisou lidar com dúvidas em torno da parábola do rico e do Lázaro. Isso mesmo, parábola!
Pronto. Aí, já matamos a charada. Trata-se de uma alegoria, assim como muitas proferidas por Jesus com o objetivo de prover ensinamento. Neste caso específico, a ênfase da parábola estava no egoísmo e na falta de misericórdia do rico.
Os fariseus contavam uma história parecida com essa. Jesus a reutilizou dando um final surpreendente e educativo. O centro da parábola é saber fazer bom uso dos recursos dados por Deus, agindo com bondade com aqueles que menos ou nada têm. Mas isso não tinha que ver apenas com fome e carência material. Tinha que ver com aspectos espirituais também.
Bom, dito isso, a tirinha quis levantar outra questão: o fato de as pessoas, mesmo que leitoras da Bíblia, insistirem em tirar texto de contexto, ou usarem apenas uma porção isolada para justificar suas crenças.
Outro dia alguém falou que a palavra de Jesus na Bíblia vale mais do que outras porções bíblicas. Assim, se Jesus não falar sobre algo, ainda que todos os profetas tenham explanado o assunto, ele se torna inválido. Não caiamos nessa armadilha. Toda a Bíblia é a Palavra de Deus. Parte dela não foi dita por Jesus aqui na Terra, mas iluminada ou inspirada por Ele. Assim, para entender a parábola do rico e Lázaro não dá para tomar apenas a palavra de Jesus ali, naquele episódio. É preciso ir e vir nas páginas sagradas para interpretar corretamente aquilo que o Mestre quis ensinar. Fique tranquilo, Ele não entrava em contradição!
