“Antes do casamento o diabo faz tudo o que pode para levá-lo a ter atividade sexual e, depois do casamento, ele faz tudo o que pode para impedir que você o faça com seu cônjuge” (COMtexto Bíblico, julho-setembro/2021, p. 98). Na verdade, o diabo faz tudo o que pode para prejudicar solteiros e casados, levando-os ao pecado e à negligência de suas obrigações, seus deveres e privilégios. A lição desta semana trata da mazela do divórcio e nos convida a refletir sobre como manter um casamento abençoado e feliz.
De acordo com matéria publicada no New York Times (http://link.cpb.com.br/1557cb), morar junto com um parceiro sem estar casado é prática cada vez mais comum, e mais da metade dos casamentos acontece depois que o casal já mora junto. Essa mudança tem sido atribuída em grande medida à revolução sexual. Mas, ao contrário do que prega a indústria cultural, os casais que coabitam antes do casamento (especialmente antes de um noivado ou compromisso) geralmente são menos satisfeitos com a vida a dois e mais propensos ao divórcio.
As mulheres tendem a ver a coabitação, ou seja, o morar junto ou “juntar os trapos” como um passo para o casamento, já os homens são mais inclinados a ver isso como uma forma de testar o relacionamento ou de adiar um compromisso mais sério. Essa diferença acaba criando menores níveis de compromisso, mesmo depois que a relação progride para o casamento. E isso causa instabilidade e insegurança.
Estudo recente publicado na revista científica Journal of Marriage and Family chegou a conclusões semelhantes. A coabitação eleva as taxas de divórcio, e pessoas que moram juntas muitas vezes têm bem menos chances de casar, e quando casam as chances de divórcio são altíssimas.
No estudo “O que o amor tem a ver com isso?”, da Universidade Nacional da Austrália, com duração de seis anos, pesquisadores australianos observaram a rotina de 2.482 casais. Um dado interessante revelado foi que a religião ajuda a manter o relacionamento. Quando nem o homem nem a mulher são religiosos, a taxa de separação é de 13,6%. Se apenas um é, o índice cai dois pontos percentuais. E se ambos professam sua fé, a taxa de divórcio diminui para 8,1%.
Quando li sobre esses assuntos, lembrei-me de outras pesquisas que dão conta de que os jovens que se iniciam sexualmente muito cedo e têm multiplicidade de parceiros, além dos riscos óbvios para a saúde física, estão mais propensos à depressão, baixa autoestima e até anorexia. Também me lembrei de outra pesquisa que apontou o Brasil como o segundo país que mais faz sexo, mas com índice de mais de 40% de insatisfação com a vida sexual. Motivo: falta de romantismo e compromisso. Claro, ninguém gosta de se sentir descartável, por mais que por aí se apregoe o “sexo livre”. O ser humano dá voltas, inventa estilos de vida “alternativos”, mas os fatos demonstram que a proposta bíblica para os relacionamentos continua sendo a mais satisfatória e a única abençoada.