Lição 1 – Contracultural

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A gente tem a tendência de achar importante defender causas. A gente tem a tendência de se sentir importante ao fazer isso. Especialmente de alguns anos para cá, a juventude tem se engajado em movimentos considerados reformadores. Não falar de inclusão, meio ambiente, respeito ao diferente, por exemplo, pode ser até mesmo imoral. Em que momento, sem a gente perceber, aquilo que parecia contracultural se tornou culturalmente correto?
Devemos nos perguntar sobre isso a fim de saber até que ponto aquilo que defendemos é legítimo. Nesse caso, precisamos também nos perguntar sob que aspectos entendemos que a Bíblia é um livro amplamente contracultural ou não, em relação ao século presente.
Vamos à prática? O discurso sobre o amor ao próximo, a benevolência aos menos favorecidos, ou o perdão aos errantes está presente no imaginário coletivo atual. Tais práticas são encorajadas originalmente pela Bíblia, muito antes de qualquer apelo popular. Nesse caso, a Bíblia, hoje, não está sendo contracultural.

Mas então abrimos a mesma Bíblia e ela se posiciona claramente sobre sexualidade.

O que a Bíblia diz sobre sexualidade se torna contracultural? Eu e você precisamos pensar a respeito disso a fim de que não sejamos enganados.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar que Deus é o autor da sexualidade humana. E que o sexo não é apenas para procriação. E que o prazer proporcionado pelo sexo tem o aval divino. Ufa!

Por outro lado, o autor da sexualidade deixou algumas diretrizes sobre isso a fim de que a dádiva não se tornasse uma armadilha.

Porém, muitas vezes, o mesmo grupo que se apoia na Bíblia para algumas causas, a nega para outras. Ou, então, há grupos que selecionam o que Jesus disse de acordo com sua causa favorita, mas se esquecem de que abordagens unilaterais podem ser mais que desonestas, podem ser perigosas.

O mesmo Jesus que disse que “o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (Mateus 25:40) também disse que “qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mateus 5:28). E agora? Com qual parte da fala de Jesus você fica?

Sabe qual é a verdadeira revolução cultural? É aquela em que você aceita Jesus e Sua Palavra por inteiro. Que tipo de revolucionário cristão seríamos se aceitássemos apenas aquilo que não fere nossos gostos pessoais? Que contracultura cristã é essa que não causa inimizade com o mal e seus sofismas? Já imaginou quão revolucionária seria nossa trajetória se realmente estivéssemos dispostos a ser totalmente (não em partes) transformados pelo Espírito Santo?

O mundo tem seus scripts, seus roteiros. E a Bíblia, se a temos como a Palavra de Deus, nos oferece um mapa, com norte definido a fim de que saiamos daqui em segurança.

Nem sempre o roteiro daqui vai bater com o roteiro do local para onde estamos indo. Saber o seu lugar neste momento é o que fará de você um verdadeiro contracultural.

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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