Nesta semana, a lição repassa, ao mesmo tempo em que aprofunda, os conceitos que levam a decifrar as duas alianças. Checando os detalhes e pesando as evidências, é possível observar que nem toda comparação é ruim. Isso significa que, ao falarmos das duas alianças, sejam elas históricas ou experienciais, podemos contrastá-las sem a obrigatoriedade de dizer que uma é boa e a outra é ruim.
Infelizmente, muita gente boa (e até estudiosa da Bíblia) ainda não entendeu isso. Pensa-se que a nova aliança estabelecida por Jesus é superior à aliança do Antigo Testamento. Mas o que a lição desta semana nos mostra é que cada uma tem suas características e aplicação.
Além disso, à luz de tudo o que já estudamos nas lições anteriores, as quais nos indicam que ambas as alianças partilham do mesmo DNA espiritual – o evangelho eterno –, não é possível exaltar uma aliança e rejeitar outra.
Um dos conceitos mais afetados nessa confusão toda é o de liberdade. Para quem pensa que a liberdade espiritual só se tornou disponível ao ser humano a partir da cruz, fica a pergunta: Os fiéis que viveram e morreram antes da cruz não eram livres em Cristo?
Certamente que sim. Jó era homem justo, reto. Jó era livre em Cristo, pois voluntariamente se desviava do mal, muito antes de Jesus vir ao mundo. Jó e muitas outras pessoas já desfrutavam daquilo que foi dito por João séculos mais tarde: “Se, pois, o Filho os libertar, vocês serão verdadeiramente livres” (Jo 8:36).
Mas como isso é possível? É possível porque as diferenças que encontramos nas alianças são históricas e experienciais, ou seja, de acordo com a época histórica e com a experiência pessoal. As diferenças das alianças não residem na validade delas de acordo com o antes ou depois de Jesus. “A obra de Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja diferentes graus de desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazer as necessidades humanas nas várias épocas” (Patriarcas e Profetas, p. 373).