Lição 4: Confronto com Faraó | Êxodo

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Um dos memes mais famosos da internet foi protagonizado por Cláudio Fernandes, morador de Peabiru, no interior do Paraná. Ao ser entrevistado sobre a qualidade do atendimento em um posto de saúde de sua cidade, ele disse: “Já tava bom. Diz que ia mudar ainda pra melhor. Já não tava muito bom. Tava meio ruim também. Tava ruim. Agora parece que piorou.”

A fala de Cláudio ilustra bem a lição desta semana. Moisés se preparava para liderar a grande libertação: seus filhos já haviam sido circuncidados, Arão o acompanhava e o bordão estava pronto para realizar os sinais. Tudo parecia encaminhado. No entanto, ao pedir a faraó que permitisse ao povo sair do Egito para uma jornada de três dias, a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor, o rei respondeu com desprezo: “Quem é o Senhor?”

Foi um verdadeiro banho de água fria em Moisés e no povo de Israel. A situação, que já era difícil, ficou ainda pior. Faraó aumentou a carga sobre os israelitas: além de fazerem tijolos, agora também deveriam buscar a própria palha.

A expectativa era de libertação, mas o que veio foi mais opressão e um aparente descaso de Deus. Nesse momento, muitos começaram a duvidar. A promessa parecia longe demais. E Moisés, o libertador, tornou-se alvo de críticas.

A narrativa de Êxodo nos ensina que, por vezes, o cenário piora antes que a libertação aconteça. É como um elástico: para avançar, é preciso primeiro recuar. Deus estava agindo, mesmo quando tudo parecia desmoronar. Ele não havia esquecido Sua promessa – apenas estava preparando o caminho para cumpri-la no tempo certo.

A perseverança é o que sustenta o coração entre a promessa e o cumprimento. Foi isso que Israel precisou aprender – e que nós, tantas vezes, também precisamos. Para vencer, é preciso encarar faraó, recolher mais palha, suportar noites escuras, esperar dez pragas e ouvir o silêncio de Deus. A boa notícia é que o final vale a pena.

Por isso, confie em Deus, independentemente das circunstâncias – seja dia ou noite, alegria ou dor, deserto ou palácio. Esse é o paradoxo da fé: crer, mesmo quando tudo ao redor parece desabar.

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