No Jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou um momento crucial em Sua missão. Ali, sob o peso esmagador dos pecados de toda a humanidade, Sua natureza humana clamou: “Pai, se possível, passa de Mim este cálice.” O contraste é claro: enquanto Adão e Eva cederam à tentação em um jardim perfeito, em sua natureza humana perfeita, e trouxeram a ruína ao mundo, Jesus, no Jardim do Getsêmani, com Sua natureza afetada por quatro mil anos de decadência humana (afetado, porém, não infectado pelo pecado), venceu a batalha espiritual mais árdua, reafirmando Sua submissão à vontade do Pai com as palavras: “Todavia, não se faça a Minha vontade, mas a Tua.”
A entrega de Cristo foi total. Ele foi preso, julgado injustamente e condenado por sacerdotes que deturparam a lei e por autoridades romanas que cederam à pressão popular. Apesar de Sua perfeita inocência, o julgamento foi um espetáculo forjado, destinado a condenar o Justo pelos injustos. Contudo, esse sofrimento não foi em vão. Jesus sabia que a redenção da humanidade dependia de Sua obediência e de Seu sacrifício.
Mesmo quando a resposta do Pai ao Seu pedido foi o silêncio, Jesus aceitou o cálice de dor, enfrentou a cruz e cumpriu a missão de resgatar a humanidade perdida. Essa entrega nos revela o imenso amor de Deus e nos convida a viver na certeza da vitória conquistada por Cristo em nosso favor.