A tirinha desta semana utiliza um meme bastante conhecido nas redes sociais. Normalmente ele está ligado a algum personagem incoerente, a uma atitude que foge à expectativa da normalidade.
Na tirinha, observamos um casamento – evento que tem seu próprio código de vestimenta. Sendo assim, dificilmente veremos um convidado de bermuda, regata e boné em uma cerimônia matrimonial. Até pode acontecer, caso a proposta dos noivos seja algo mais alternativo. Contudo, de modo geral, não é comum nem elegante para tal festividade.
Felizmente, foi oferecida ao convidado inconveniente uma roupa adequada para o momento, porque a intenção era mantê-lo na festa, sem que ele se sentisse desconfortável ou passasse por qualquer constrangimento. Acontece que ele não quis. Seria essa uma atitude insana?
Pronto. Agora podemos entender nossa própria situação diante das bodas do Cordeiro. A primeira melhor notícia é a de que fomos convidados. Independentemente de etnia, cor ou classe social, eu e você fomos convidados. Mas do que adianta ser convidado para uma boda real se não temos vestes compatíveis? Ainda que nossas roupas sejam de grife, bem passadas e cheirosas, ainda assim elas não são vestes reais.
Louvado seja Jesus porque nossa veste de bodas foi provida com infinito custo, mas é oferecida liberalmente a toda pessoa.
Ocorre que a outra ótima notícia, a de que não entramos na festa com veste própria, não agrada a todo mundo.
Em uma sociedade que exige cada vez mais de nós, não conseguimos assimilar nenhuma conquista sem esforço. Mas lembremo-nos de que a conquista do Reino não é nossa. Ela é de Cristo e é por isso que somente Ele pode nos abrir o caminho até lá.
Só que ninguém entra sem nascer de novo. A boa-nova da salvação tem quer ver com o fato de que o novo nascimento é uma oferta e não uma exigência. Aceitemos, então, o manto da Justiça de Cristo e a transformação que ela nos proporciona no caminho da santificação.