Lição 4 – Apanhados no fogo cruzado

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A tirinha desta semana é bastante óbvia. Tão óbvia que já no início ela anuncia que “nem é meme”. Infelizmente, enfrentamos a triste realidade de confundir religiosidade com espiritualidade. E para o brasileiro, diferenciar uma coisa da outra, ou fazer uma fusão de ambas, pode ser ainda mais desafiador.

Esta semana, saiu a notícia de que o Brasil é o país que mais acredita em Deus ou em um poder maior, com 89% da população. A pesquisa foi realizada pelo Ipsos e os dados foram apurados por meio do estudo Global Religion 2023, feito em 26 países.

E, assim, muita gente acha que é conectada com Deus apenas porque acredita em Sua existência e manifesta sua crença frequentando uma comunidade religiosa.

Acontece que, enquanto o número de religiosos é grande, o mesmo pode não ocorrer em relação à busca pelo caráter de Cristo – o que de fato indicaria um compromisso com Ele. No livro Parábolas de Jesus, Ellen G. White diz: “A profissão de fé nada pesa na balança. O caráter é que decide o destino”.

Isso significa que devemos perder tempo avaliando quem tem ou não o caráter de Cristo? Definitivamente, não! Isso não nos compete. Mas sabe o que podemos fazer? Manter uma comunhão eficaz a ponto de voltarmos a ser à imagem e semelhança de Deus.

Não precisamos apontar quem está na fila da profissão de fé, ou seja, aqueles que dizem crer, mas seus frutos contradizem sua crença. O que precisamos fazer, além de pertencer a uma religião, é investir na adoração real, em espírito em verdade.

Até que Jesus – o verdadeiro juiz que pode julgar com justiça retorne –, viveremos entre o joio e o trigo. A orientação é que não tentemos arrancar o joio. Isso não é trabalho nosso.

Quanto a nós? Basta ser trigo!

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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