Lição 4 – Verdadeira liberdade

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Vamos falar um pouco sobre a relação entre liberdade e felicidade. Já faz algum tempo que estudiosos da saúde mental, da sociologia e da filosofia, por exemplo, têm se preocupado quanto à obsessão por isso.

A tal tirania da felicidade/liberdade nos impregnou de tal modo que sequer conseguimos mais distinguir elementos essenciais para a construção de uma vida feliz, dentro de limites possíveis. Sim, dentro de limites.

Essa história de que você será completamente feliz quando for você mesmo, ou quando viver toda vontade que tiver, e de que o problema está no julgamento alheio e não no que desejamos, é pura falácia.

Mas, para entender isso, é preciso saber de onde tiramos nossos referenciais.

Se você acha que felicidade é aquilo que os famosos vivem, ou que ter milhões de seguidores faria você ter mais valor, basta uma olhada nas redes para ver que nem sempre as multidões estão atrás do que é virtuoso.

Ah, se fosse uma questão de dinheiro… Então seríamos realmente felizes e livres.

É muito importante a gente se manter seguro em bases mais sólidas do que aquilo que a sociedade elege como liberdade e felicidade. “O diabo é especialista em enganar as pessoas, fazendo-as acreditar que encontraram a liberdade quando, na verdade, estão caindo em completa escravidão”. E é assim desde o Éden, quando começamos a alimentar ilusões de que podemos encontrar vantagens fora do “Assim diz o Senhor”.

É triste dizer isso, mas mesmo que você faça o que quiser ainda não será livre. Sabe por quê? Porque, além de pedirmos mal, apenas para alimentar nossos prazeres (Tiago 4:3), nosso coração é desesperadamente corrupto (Jeremias 17:9). Inevitavelmente, nos machucamos e machucamos os outros.

É por isso que o próprio Deus precisou Se tornar homem para nos fazer livres. Livres de quê? Livres de quem? Livres de nós mesmos e do pecado que, por herança, recebemos. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36).

Não sejamos tardios na compreensão, como foram os discípulos que, mesmo fazendo parte do time, achavam que seriam finalmente livres e felizes quando Roma sucumbisse pelas mãos do Messias.

Definitivamente, o conceito não era sobre isso.

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Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

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