Lição 1 – O Espírito de Cristo

0

Começamos um novo trimestre recebendo a missão de pensar em que tipo de Cristo nos espelhamos. É claro que, como cristãos, respondemos, quase que automaticamente, que sim, que buscamos ser como Jesus. Porém, você e sua comunidade religiosa refletem o Cristo das Escrituras ou um Cristo próprio, fabricado pela tradição, ou pelos discursos pós-modernos?

Pense comigo: vivemos uma era de bolhas, tribos e polarizações. Pior do que isso, agarramo-nos às nossas convicções como se estivéssemos corretos e todo o restante do mundo estivesse errado.

Alguns filósofos da atualidade têm dito que uma das maiores características da sociedade atual é o narcisismo. Que tipo de narcisismo? Não se trata do transtorno de personalidade nem da figura mitológica de Narciso, apaixonado pela própria formosura.

O que eles querem dizer é que, além de estarmos obcecados pela nossa própria opinião, temos transferido para a figura de Deus características nossas e não do próprio Deus. Diante disso, enviesamos a espiritualidade. E se você não concorda com isso, basta lembrar do racha que a igreja tem passado por causa de política.
Teremos um trimestre inteiro para meditar se nossa caminhada com Cristo tem nos feito parecer realmente com Ele, ou se somos apenas mais de nós mesmos em nome de Deus e do amor.

Lembremo-nos sempre de que em Cristo não há submissão forçada. Sendo assim, como seus súditos, somos defensores da liberdade de escolha e da liberdade religiosa. Além disso, não devemos misturar política e religião, pois não há um evento na história que tenha sido favorecido por essa perigosa união.

Muito em breve nossa consciência será ameaçada por um sistema político-religioso que fala em nome de Deus, do amor e da coletividade, mas que no fundo representa a vontade do anticristo.

A tirinha desta semana introduz um assunto muito sério! E quanto a você, é da tropa que corta a orelha do “inimigo” em defesa da fé, ou é do tipo que trai Jesus com um beijo, isto é, fala de amor, quando, na verdade, quer obrigar Jesus a fazer aquilo que afague seu gosto pessoal, mesmo que isso nada tenha que ver com a Revelação?

Sejamos honestos e deixemos o Espírito trabalhar em nosso coração enviesado.

Compartilhar.

Sobre o autor

Jornalista, editora da ComTexto. Mestre em ciência e pós-graduada em Teologia

Deixe um comentário