A lição desta semana analisa uma sessão espírita ocorrida em uma caverna da região de En-Dor, usualmente identificada com Khirbet Safsafeh, uns 11 km de Nazaré. Foi lá que o rei Saul encontrou uma feiticeira necromante, a quem pediu ajuda. Ironicamente, o mesmo rei havia alguns anos antes expulsado do reino os feiticeiros e necromantes, atendendo à reprovação de textos bíblicos como Deuteronômio 18:10-12. Mas Saul se afastou de Deus. Deixou de levar a sério os escritos inspirados. Permitiu que a autossuficiência tomasse conta de sua vida. E quando o perigo se aproximou, na “hora do aperto”, tentou consultar o Deus que havia abandonado. Mas o Senhor não lhe respondeu, nem por profeta, nem por Urim e Tumim (do peitoral do sumo sacerdote). Então Saul foi em busca de outro tipo de ajuda.
Disfarçado para não ser reconhecido, o rei foi até a caverna. Ali, a necromante fez subir da terra (já começa aí a estranheza da coisa) um ser de aparência sobrenatural, a quem eles identificaram como sendo o falecido profeta Samuel. Se Deus não havia respondido por um profeta vivo, faria isso por meio de um profeta morto, contrariando inúmeros textos bíblicos? Tudo no relato deixa claro que se tratava de um demônio se fazendo passar por Samuel (algo fácil para os anjos caídos), com o objetivo de, mais uma vez, enganar e desencaminhar.
Infelizmente, muitas pessoas ainda hoje continuam se dirigindo às “cavernas de En-Dor” em busca daquilo que só Deus pode oferecer: verdadeira esperança e a verdade que liberta e salva.