Quando as coisas vão bem, ficamos animados diante da vida. Mas quando as coisas vão mal, podemos chegar a pensar que Deus não está com a gente. No entanto, antes de atribuirmos nossa “sorte” ou falta dela a Deus, deveríamos analisar cada caso. Precisamos ser maduros o bastante para reconhecer que, muitas vezes, nós mesmos fazemos escolhas ruins que nos levam a condições desfavoráveis.
Porém, na lição desta semana, Tiago não se refere ao sofrimento que nós mesmos nos causamos. Quando ele diz que há benefícios na fraqueza ou que a provação pode promover alguma alegria, ele está falando da perspectiva espiritual, pois para quem está em Cristo, nenhuma experiência é desperdiçada, mas tudo pode ser disciplinador.
O conselho de Tiago nesse caso é que não abandonemos a fé diante da adversidade. Ao contrário, devemos fazer dos obstáculos oportunidades para desenvolvermos qualidades espirituais. As provações que nos sobrevêm (contra nossa própria vontade) testam nossa espiritualidade e nos convidam a buscar mais a Deus.
Assim, Tiago aproveita para nos lembrar de que Deus prometeu não somente força, mas também sabedoria. Isso significa que por mais que uma circunstância pareça embaraçada, é possível encontrar saída quando pedimos ajuda Àquele que tudo sabe e tudo vê.
As palavras de Thiago foram escritas para nos trazer conhecimento e esperança. Ele não estava dizendo, no entanto, que tudo é fácil, mas sim que, ainda que a provação seja algo indesejado, ela pode contribuir para o bem de alguma maneira.
E assim será se permitirmos que Deus use os percalços para nossa edificação: “Há uma elevada norma a que devemos atingir, caso queiramos ser filhos de Deus, nobres, puros, santos e incontaminados; e é necessário um proces¬so de poda, se queremos alcançar essa norma. Como seria efetuada essa poda, se não houvesse dificulda¬des a enfrentar, obstáculos a transpor, coisa alguma a exigir paciência e capacidade de resistir? Essas provações não são as menores bênçãos em nossa experiência. Têm como objetivo fixar nossa determi¬nação de vencer. Devemos usá-las como os divinos meios de obter decididas vitórias sobre o próprio eu, em vez de permitir que elas nos entravem, oprimam e destruam (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 293-295).
Lição 1 – Sofrer com alegria?
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